Acesso a redes e internet no mercado offshore

Você já se perguntou como grandes navios, plataformas de petróleo ou embarcações de apoio conseguem manter acesso à internet em alto-mar, longe da costa?

Este resumo vai te explicar de forma simples e objetiva as tecnologias mais modernas utilizadas para manter a comunicação por dados, voz e vídeo em ambientes marítimos.

Com a popularização do sistema de acesso à Internet provida pela Starlink, está sendo rapidamente adotada para uso em residências afastadas dos grandes centros, uso em aviões comerciais, até em mobilidade (frotas de caminhões utilitários, trens etc.).

Nesse contexto, resolvi mostrar com um pouco mais de detalhes, como as tripulações e passageiros de navios tem a disposição comunicação de dados e voz, tanto para uso corporativo, em aplicações de missão crítica como na indústria petrolífera, como recreativo por passageiros.

Desenvolvi em sumários, o que cada tecnologia de satélite oferece, comparando as tradicionais comunicações de satélite estacionário – GEO – que tem dominado a indústria, utilizadas dentro dos grandes radomes visíveis nas embarcações, com as modernas tecnologias de constelações de baixa órbita – LEO – como a Starlink, que começam a ser usadas em conjunto.

Objetivo

Entender como chegamos atualmente no modelo de redes híbridas de comunicação que atendem unidades marítimas e offshore, como:

  • Plataformas fixas
  • FPSOs
  • Navios de apoio (AHTS, PSV, OSV)
  • Sondas e unidades flutuantes (jack-ups, semi-sub)
  • Transatlânticos

Tecnologias Empregadas

  • Satélites GEO (C, Ku, Ka-band): soluções VSAT com modulação adaptativa, enlaces SCPC/TDMA, redundância de HUBs e QoS gerenciado.
  • Satélites LEO (Starlink, OneWeb): enlaces de baixa latência com failover automático, ideal para backhaul de aplicações críticas, crew welfare e vigilância em tempo real.
  • Redes Híbridas (LEO+GEO) com balanceamento inteligente, SD-WAN e políticas baseadas em prioridade de tráfego.
  • Infraestrutura embarcada: antenas estabilizadas, modems iDirect/Newtec, firewalls de borda, WLAN/VoIP internos, videomonitoramento, sistemas redundantes com BUC/LNB duplos.

Casos de Uso Típicos

  • Integração de Starlink com rede VSAT legado
  • Criação de redes corporativas offshore-onshore com SD-WAN
  • Redundância entre enlaces Ku/Ka e LEO
  • Estruturação de backbone para sistemas SCADA offshore

Sumário sobre Antenas Estabilizadas VSAT

As antenas VSAT estabilizadas são componentes críticos em sistemas de comunicação por satélite GEO em embarcações offshore. Fabricantes como Intellian e SeaTel (Cobham) fornecem soluções robustas que garantem conectividade contínua mesmo em ambientes marítimos instáveis.

1. Estrutura e Componentes Principais

Essas antenas operam dentro de um radome protetor e incluem uma parabólica de alto ganho montada sobre um sistema de estabilização mecânica (gimbal). Motores e sensores corrigem em tempo real os movimentos do navio (roll, pitch e yaw).

2. Integração com GIROCOMPASS

O sistema de controle da antena (ACU) se conecta ao GIRO da embarcação para obter o rumo (heading) em tempo real. Isso permite correções antecipadas, mantendo o apontamento da antena mesmo em manobras bruscas ou em mar agitado. A integração ocorre via protocolos NMEA 0183 ou NMEA 2000.

3. Componentes Típicos

Componente

Descrição

Radome

Estrutura que protege a antena das intempéries.

Antena Parabólica

Responsável por transmitir e receber sinal do satélite.

Plataforma de Estabilização

Sistema motorizado que compensa o movimento do navio.

ACU (Controladora)

Unidade que gerencia estabilização e rastreamento do satélite.

Sensores GPS e Compasso

Captam posição e orientação do navio.

GIROCOMPASS

Fornece heading preciso à antena.

BUC / LNB

Unidades de transmissão e recepção de RF.

Cabo Coaxial e de Controle

Conectam a antena aos sistemas internos da embarcação.

Fonte de Alimentação

Geralmente 100–240V AC, consumo médio de 150W a 500W.

4. Funcionamento Simplificado

O sistema detecta os movimentos do navio e ajusta a antena em tempo real para manter o apontamento. O GIRO fornece a orientação e o ACU executa os cálculos. O resultado é uma conexão estável com o satélite, mesmo durante navegação ativa.

5. Manutenção e Observações

Devido à presença de peças móveis, esses sistemas requerem manutenção preventiva regular, com foco em motores, sensores e calibração. O GIRO descalibrado pode impactar a estabilidade do tracking. Contratos com suporte técnico remoto e peças sobressalentes são comuns.

Foto parcial de um navio transatlântico de passageiros, destacando dois radomes que hospedam a antena estabilizada, utilizada em comunicações por satélite geoestacionário:

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Foto de uma antena estabilizada (robotizada) fabricada pela Sea Tel (Cobham):

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Segue a descrição sumarizada sobre os terminais Starlink com tecnologia ESA (Electronically Steered Array) utilizados em comunicações com satélites de baixa órbita (LEO), com foco na operação offshore.

Antenas ESA Starlink – Comunicação LEO para Ambientes Marítimos

1. Conceito de Antena ESA – Electronically Steered Array

A ESA (Electronically Steered Array) é um sistema de antena plana, sem partes móveis, que utiliza centenas ou milhares de pequenos elementos radiantes, chamados patches, controlados eletronicamente para direcionar o feixe de rádio frequência.

Cada elemento pode ajustar a fase e amplitude do sinal transmitido e recebido, permitindo que o feixe de comunicação seja “varrido” eletronicamente na direção desejada, sem a necessidade de movimentação física da antena.

Principais características:

  • Varredura de feixe por phase-shifting
  • Alta velocidade de comutação (em milissegundos)
  • Formato plano, robusto, sem gimbal, sem motores
  • Capacidade de rastrear múltiplos satélites simultaneamente

2. Comunicação com Satélites Starlink (LEO)

  • Os satélites da constelação Starlink orbitam a ~550 km de altitude com velocidade orbital média de ~27.000 km/h (7,5 km/s).
  • Por estarem em LEO, o campo de visada (field-of-view) dos terminais terrestres ou marítimos é limitado — cada satélite fica visível por cerca de 5 a 10 minutos, exigindo handover dinâmico e contínuo entre satélites.
  • A antena ESA é capaz de acompanhar automaticamente a trajetória de um satélite, iniciando o tracking do próximo antes que o atual deixe de estar visível, garantindo conexão contínua.

3. Comportamento do Terminal em Ambiente Offshore

Nos modelos Starlink Maritime (High Performance), projetados para navios, as antenas ESA possuem:

  • Amplo campo de varredura angular (até ±100° em azimute e elevação)
  • Capacidade de compensar o movimento da embarcação sem sistemas mecânicos
  • Algoritmos embarcados de tracking assistido por sensores inerciais internos (IMU) que detectam movimentos do navio e ajustam o feixe em tempo real
  • Operação contínua mesmo sob rolagem e cabeceio severos (pitch/roll >20°)

Isso permite que, mesmo sem integração direta com GIRO, os terminais se adaptem rapidamente a variações de inclinação e rotação típicas do ambiente marítimo.

4. Infraestrutura e Requisitos de Operação

Instalação

  • Montagem fixa em área com visada aberta para o céu (mínimo 100° de abertura)
  • Interface com energia elétrica CA: 100–240V, consumo médio 110W – 300W por terminal
  • Pode ser operado em redundância (dois terminais em load-balancing)

Conectividade

  • Interface Ethernet RJ-45 para roteador ou switch de borda
  • Possibilidade de integração com redes locais embarcadas (LAN) e redes híbridas (VSAT+LEO)

Gerenciamento

  • Portal remoto via Starlink App ou API
  • Diagnóstico automático, firmware OTA (over-the-air)
  • Latência típica: 20–80 ms
  • Download: até 220 Mbps por terminal em ambiente marítimo
  • Upload: 10–25 Mbps, sujeito à visada e congestionamento orbital

Manutenção

  • Praticamente inexistente: não há partes móveis
  • Requer limpeza ocasional da superfície e verificação de conectores
  • Em caso de falha, o equipamento é substituído (modelo swap) – não há reparo de campo

Foto do deck do navio, mostrando as antenas fixas Starlink, que utiliza tecnologia ESA para comunicações utilizando a constelação LEO Starlink, em comparação ao radome VSAT utilizado para satélites GEO – geoestacionários:

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Antenas Starlink, em destaque:

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Segue abaixo comparativo técnico e direto entre soluções de comunicação via satélite GEO (VSAT com antenas estabilizadas) e LEO (com antenas de varredura eletrônica – ESA), considerando aspectos críticos como manutenção, capacidade de tráfego, latência e aplicação em ambientes offshore:

Comparativo – Antenas VSAT GEO vs Antenas ESA LEO

Critério

Sistemas GEO (VSAT c/ Antena Estabilizada)

Sistemas LEO (Antena ESA – Electronically Steered Array)

Arquitetura de Antena

Parabólica de alto ganho, montada em gimbal estabilizado, dentro de radome

Plana, sem partes móveis, com varredura eletrônica (beamforming dinâmico)

Compensação de Movimento

Estabilização mecânica em 2 ou 3 eixos (roll, pitch, yaw)

Sem necessidade de estabilização mecânica – varredura eletrônica instantânea

Manutenção Requerida

Alta – devido ao desgaste de partes móveis, motores, atuadores e alinhamento

Muito baixa – sem partes móveis, menor taxa de falhas

Facilidade de Instalação

Complexa – exige montagem mecânica precisa, balanceamento e comissionamento especializado

Simples – montagem fixa, geralmente plug-and-play em estrutura plana

Latência Média

Alta (500 – 700 ms)

Baixa (<100 ms), ideal para aplicações em tempo real (voz/vídeo)

Capacidade de Tráfego (banda)

Limitada – geralmente entre 2 Mbps a 50 Mbps, sujeito a congestionamento e SLA limitado

Alta – Starlink entrega 100 Mbps+ por terminal com capacidade agregada em Gbps

Disponibilidade

Alta (>99,5%) com visada constante em GEO; dependente do clima (chuva, interferência)

Boa – exige visada com múltiplos satélites; sensível à obstrução física (mastros, etc)

Custo Operacional (OPEX)

Elevado – manutenção de radome, peças, consumo de energia

Reduzido – consumo otimizado, baixa manutenção

Custo de Capex Inicial

Alto – antena, radome, BUCs, modem, cabeamento RF

Moderado – terminal ESA completo é compacto e de custo fixo

Redundância / Backup

Precisa link secundário ou auto-swapping entre satélites GEO

Natural – handover contínuo entre constelações LEO

Aplicações Ideais

Transmissões críticas em ambientes remotos com pouca visada; enlaces SCPC corporativos

Alta demanda de banda, baixa latência, crew welfare, monitoramento, backhaul IP

Comparativo – GEO vs LEO com Impactos de Propagação e Fenômenos Solares e distúrbios geomagnéticos, aplicado às tecnologias de satélites GEO com VSAT estabilizado e LEO com antenas ESA:

Critério

GEO (VSAT com Antena Estabilizada)

LEO (ESA com Varredura Eletrônica)

Frequência típica

Ku, Ka-band (12–30 GHz), mais suscetível a atenuação atmosférica

Ku, Ka-band (Starlink), mas com menor distância satélite-terminal

Distância até o satélite

~35.786 km (órbita fixa em relação à Terra)

~550–1.200 km (LEO, órbita polar ou inclinada)

Sensibilidade à chuva / clima

Alta (principalmente Ka-band) – rain fade significativo em climas tropicais

Moderada – mesma banda, porém menor caminho de propagação atmosférica

Sensibilidade a perturbações solares

Alta – maior exposição a solar outages em equinócios, especialmente em enlaces GEO terrestres

Baixa a moderada – curta exposição por satélite e múltiplas rotas de tráfego

Risco em eventos de CME / tempestades geomagnéticas

Suscetível – potencial de interferência em enlaces de uplink/downlink prolongados e ruído térmico

Menor impacto – rotas dinâmicas entre satélites e handover contínuo mitigam perdas

Redundância angular

Limitada – depende de apontamento fixo para um satélite específico

Alta – cobertura de constelação com centenas de satélites simultâneos

Recuperação após perturbações

Lenta – possível necessidade de realinhamento, reinicialização do modem ou assistência técnica

Rápida – re-rota automática entre satélites saudáveis, com fallback de rede embutido

Estabilidade geral em ambientes hostis

Boa, mas vulnerável a single point of failure e dependente da integridade do link

Muito alta – resiliência via múltiplos satélites e caminhos redundantes

Análise de Propagação e Fenômenos Espaciais

1. Atenuação Atmosférica e Troposférica

  • GEO sofre mais com rain fade devido ao longo caminho atmosférico e ao uso intensivo da banda Ka. A inclinação do feixe (elevation angle) reduzida em regiões equatoriais agrava a perda.
  • LEO, por operar com feixes quase verticais e trajetos curtos, sofre menos atenuação relativa, mesmo na mesma banda.

2. Explosões Solares / Ejeção de Massa Coronal (CME)

  • GEO: enlaces com visada direta prolongada para satélites no equador geossíncrono ficam expostos a bloqueios durante eventos intensos (sobretudo nos equinócios). Pode haver blackout temporário de comunicações e elevação da taxa de erro de bit (BER).
  • LEO: constelações como Starlink se beneficiam de alta densidade de satélites e multipath resiliente. Durante perturbações, os algoritmos de roteamento desativam os satélites impactados, redirecionando tráfego automaticamente.

3. Tempestades Geomagnéticas

  • Afetam ambos, mas: Em GEO, há risco direto para a integridade de transponders e sistemas embarcados devido à exposição prolongada à radiação solar. Em LEO, satélites são mais vulneráveis a degradação eletrônica (SEU, TID), porém as redes possuem tolerância a falhas embutida e rápida substituição orbital.

Comparativo Sumário: Comunicação Satelital Offshore – GEO vs LEO

1. Arquitetura e Operação

Soluções GEO com antenas VSAT estabilizadas utilizam antenas parabólicas com alto ganho montadas em sistemas de gimbal para compensar movimentos horizontais e verticais de embarcações. Já sistemas LEO como Starlink utilizam antenas fixas com varredura eletrônica (ESA), sem partes móveis, oferecendo varredura dinâmica e sem necessidade de alinhamento mecânico.

2. Estabilidade e Propagação

Sistemas GEO são mais sensíveis a interferências atmosféricas (rain fade) e eventos solares como ejeções de massa coronal, especialmente devido à distância orbital (~36.000 km). Sistemas LEO operam a ~550–1.200 km, com menor caminho atmosférico e múltiplas rotas simultâneas entre satélites, proporcionando maior resiliência e recuperação automática em falhas.

3. Custo e Tarifas

Os sistemas GEO envolvem alto CapEx e OpEx, com antenas custando até USD 60.000 e planos mensais variando entre USD 2.000–12.000. LEO (Starlink) apresenta investimento inicial reduzido (~USD 3.000–5.000) e tarifas mensais entre USD 250–5.000, entregando até 220 Mbps com baixa latência e tráfego ilimitado por terminal.

4. Visão Gráfica de Custos

A análise evidencia que o custo por Mbps efetivo dos sistemas LEO (como Starlink) é significativamente inferior ao das soluções GEO, com menor investimento inicial, maior throughput e menor necessidade de manutenção. O gráfico abaixo apresenta a comparação direta:

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Conclusão:

  • GEO com VSAT estabilizado: indicado para aplicações que exigem alta disponibilidade com baixa variação angular (plataformas fixas ou embarcações estáveis), onde há infraestrutura de manutenção. Recomendado quando o link precisa ser dedicado e simétrico (SCPC), e a operação já possui suporte técnico no local.
  • LEO com ESA (ex: Starlink): mais adequado para ambientes dinâmicos, alta demanda de tráfego, baixa latência e operações sensíveis ao tempo, como videoconferência, acesso remoto a sistemas industriais, crew welfare. A ausência de partes móveis e facilidade de instalação tornam a ESA mais vantajosa em FPSOs, navios e unidades com limitação de manutenção técnica contínua.
  • O terminal ESA da Starlink representa um salto tecnológico na comunicação offshore, ao eliminar dependência de sistemas mecânicos e reduzir drasticamente custo de manutenção e complexidade de integração. Sua operação automática, rápida adaptação orbital e tolerância a movimento tornam-no ideal para FPSOs, navios de apoio, iates, plataformas flutuantes e ambientes de mobilidade constante.

A tendência do mercado, como estratégia de comunicações: para operações offshore críticas, sensíveis a falhas e com dependência de tráfego intenso e constante, a solução híbrida GEO + LEO oferece o melhor dos dois mundos: disponibilidade geográfica contínua (GEO) + estabilidade resiliente e banda ampla (LEO).

Sobre o autor: Sou Engenheiro de telecomunicações e Gerente de TI com expertise em integração de soluções de comunicação para ambientes offshore, empregando satélites geoestacionários (GEO) e satélites de órbita baixa (LEO) — incluindo sistemas de alta performance como o Starlink.

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Sinal de rádio vindo da Rússia intriga pesquisadores desde 1982

Diário encontrado em uma das salas de uma unidade militar abandonada de onde a transmissão do UVB-76 teria sido feita

Com transmissão ininterrupta há décadas, estação de rádio de ondas curtas UVB-76 é um mistério que alimenta diversas teorias sobre seu propósito.Faz mais de quarenta anos que o enigmático sinal de rádio UVB-76, também conhecido como The Buzzer (O Zumbidor, em tradução livre), intriga entusiastas e especialistas ao redor do mundo. A estação de ondas curtas, que transmite da Rússia na frequência 4625 kHz, opera quase sem interrupções desde pelo menos 1982. A programação, segundo relatos de diversos veículos, consiste em uma mistura de tons monótonos e zumbidos, ocasionalmente interrompidos por mensagens vocais aparentemente desconexas, como “bote” ou “especialista em agricultura”.

Apesar de o sinal ser amplamente conhecido, sua origem e finalidade continuam um mistério, alimentando diversas teorias desde os tempos da Guerra Fria até os dias atuais.

O sinal, que acredita-se que esteja no ar desde a década de 1970, pode ser captado por rádios de aficionados, mas também acompanhado ao vivo pelo YouTube.

As teorias sobre o UVB-76

As teorias sobre o propósito do UVB-76 são diversas. Alguns dizem que poderia ser uma estação de números usada para enviar mensagens cifradas a espiões. Outros acreditam que faça parte da rede de comunicações militares da Rússia. E há quem até especule sobre seu uso em pesquisas ionosféricas – isto é, para analisar a propagação das ondas de rádio pela atmosfera – ou na busca por vida alienígena.

A teoria mais catastrófica, porém, é de que o UVB-76 poderia funcionar como um sistema de retaliação automática em caso de ataque nuclear e que, se interrompido, desencadearia uma resposta devastadora. Essa teoria, porém, perdeu força quando a emissora deixou de transmitir brevemente em 2010, sem nenhuma consequência catastrófica.

Monitorada desde 1982

Houve mudanças notáveis nas transmissões desde que entusiastas começaram a monitorar o sinal, em 1982. Os bipes iniciais transformaram-se em zumbidos em 1992, acompanhados por tons semelhantes aos de uma sirene de nevoeiro. Eventualmente ouviam-se pessoas recitando listas de nomes ou palavras aleatórias, segundo a revista Popular Mechanics.

Em 2010, foram registradas pausas na transmissão e sons de fundo que sugeriam movimentos na sala de emissão. Até fragmentos de “O Lago dos Cisnes” de Tchaikovsky foram transmitidos, alimentando especulações sobre uma possível mudança da rádio de Povarovo, a cerca de 60 quilômetros de Moscou, para outros locais na capital russa e em São Petersburgo.

Exploradores não autorizados que estiveram em Povarovo posteriormente teriam descoberto a base abandonada, junto com um livro de registros contendo detalhes de transmissões de 2005, conforme relatado pelo Gizmodo em 2016.

David Stupples, especialista em vigilância e reconhecimento espacial, explicou recentemente à Popular Mechanics que o propósito da emissora é manter a frequência disponível para o governo russo em caso de emergência. “Se não a usarem, alguém a roubará”, disse. “A banda está tão saturada que as pessoas buscarão qualquer oportunidade para ter um canal próprio.”

Durante todas essas décadas, a comunidade de amantes do rádio seguiu monitorando a frequência na tentativa de rastrear sua origem e decifrar qualquer mensagem. Em vão: o verdadeiro sentido da UVB-76 continua sendo um dos grandes enigmas do mundo do rádio.

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Nova Emissora Brasileira em Ondas Curtas

Em tempos de hyper digitalização da sociedade, onde a Internet tem alcance global e conecta pessoas, empresas, instituições, forças armadas etc, e hoje é a principal forma de comunicação, quem iria imaginar que o rádio de Ondas Curtas ainda tem um papel fundamental na sociedade?

Com a atual tecnologia de transmissão de dados através de fibras ópticas terrestres e marítimas, que atravessam e interligam os sete mares, as redes de telefonia celular, que já aplica o padrão 5G, até a complexa constelação da Starlink que cobre o planeta com acesso internet através de satélite, há de se pensar muito a respeito do papel do rádio de ondas curtas.

E esses dias, uma emissora brasileira surge com presença nas Ondas Curtas, para levar mensagens ao Brasil e ao mundo, nesta tradicional meio de comunicação que é o rádio de Ondas Curtas.

A emissora está operando ainda experimentalmente, e conforme as captações ocorrerem e sua operação avançar, iremos comentar sobre os motivos e fundamentos dessa iniciativa.

Rádio receptor de Ondas Médias, Ondas Curtas e FM, fabricado pela Sangean, modelo ATS909

4.970 kHz – 62 metros

6.105 kHz – 49 metros

9.730 kHz – 31 metros

11.735 kHz – 25 metros

Estação de rádio de Ondas Cutas – Instalação do Transmissor e Antena
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Monteserrate, Bogotá – Colômbia

Em viajem a trabalho a Colômbia, para cumprir algumas provas teórica e prática para obter certificação avançada em sistemas de telecomunicação desenvolvidos pela Digium – www.digium.com – tive a oportunidade de conhecer alguns lugares em Bogotá.

A Digium fechou sua representação no Brasil em São Paulo, movimento similar a muitas multinacionais devido a grave crise política e judiciária que o Brasil enfrenta, que causa instabilidade e riscos elevados de investimento por grandes empresas. Porém, se expandiu para outros países da América do Sul e Europa, sendo a Colômbia um dos locais aptos a se cumprir o processo de certificação nas suas tecnologias.

Em destaque, visitei o Monteserrate, desbravado pelos Espanhóis conquistadores que além de construir os principais marcos da cidade, produziu essa maravilha de local em um dos pontos mais altos da cidade – que já está em elevada altitude, em torno de 2650 metros.

Há duas opções de alcançar o Monteserrate e visitar suas igrejas e monumentos, e ter a mais abrangente e impressionante visão da cidade de Bogotá, que tem aspectos de primeiro mundo com contrastes de terceiro mundo. Pode-se utilizar o funicular ou teleférico, apesar de operarem em horários distintos.

A topografia da cidade é até similar ao Rio de Janeiro – obviamente sem litoral – mas seus morros e favelas são bem tradicionais e virtualmente parecidas com as do Rio – excepto pela ausência de controle de traficantes e armamento pesado ostentado a céu aberto que é comum no Rio.

Após intervenção militar na segurança pública da cidade, diminuiram drasticamente os índices de violência, porém, além dos problemas associados ao povo latino, as Farcs – guerrilheiros comunistas que queriam impor uma ditadura marxista aos moldes de Cuba – deixaram profundas marcas no país.

Além do lendário mega narcotraficante Pablo Escobar, e toda a sorte de cartel de drogas, financiando a corrupção, a guerrilha comunista e a violência urbana, por ora, bastante contida.

No vídeo abaixo, na íntegra a subida ao Monteserrate através do veículo “funicular”, que é operado através de tração a cabo de aço, com contrapeso de outro funicular em sentido oposto, controlado por um motor central.

Observe a inclinação da subida e o desnível de aproximadamente 550 metros acima da cidade de Bogotá, que é vencido em torno de 4 minutos e 30 segundos.

A missão foi cumprida e mais uma missão internacional bem sucedida inserida no curriculum.

Mas não menos importante, foi o aprendizado da cultura local, não só a atual, mas também, a antiga, incluindo a visita a alguns museus importantes, Capitólio (parlamento e casa presidencial), e outros lugares, mas essa parte fica para outro post.

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Cerro Monteserrate, Bogotá – Colômbia

Para descer do Cerro Monteserrate, optei por utilizar o teleférico, na tentativa de obter outra visão da cidade, e do entorno do local que fica em uma serra de fato, com vegetação bem densa.

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A caneta dos Chefes de Estado, Empresários e … Dalai Lama : Caneta tinteiro.

Por mais que se anuncie o fim do uso das canetas tinteiros, inclusive por profissionais influentes como o CEO da Microsoft, Satya Nadella, que previu o seu fim como consequência do “esmagamento do romantismo e nostalgia” de seu belo uso, a caneta tinteiro se perpetua.

Confira a declaração de Satya Nadella aqui.

Talvez o maior símbolo de tradição da caneta tinteiro seja refletido no uso da Montblanc Meisterstück 149, um instrumento de inscrita clássico e durável por décadas a fio.

Utilizada por presidentes dos Estados Unidos, pela realeza britânica, e até pelo Dalai Lama, o fato é a “nostalgia e romantismo” do uso da escrita manual continuará ainda por séculos independente dos avanços tecnológicos e a disseminação de facilidades computacionais que cada vez mais permeia o nosso cotidiano.

Uma das mais famosas canetas da história é a Montblanc “El Presidente”. Usada por líderes mundiais e CEOs de grandes corporações, custa por volta de US$ 1000. Neste vídeo, o CEO da Montblanc narra sua história. (Fonte: Bloomberg)

Segundo a história contada pela própria Montblanc, o começo do novo século “moderno” – idos de 1900 – produziu um efeito estimulante em inventores e artesãos. A engenhosidade e a imaginação ajudaram a caneta-tinteiro a realizar sua revolução técnica e comercial como instrumento de escrita. Foram um banqueiro de Hamburgo, Alfred Nehemias, e um engenheiro de Berlim, August Eberstein, que, juntos reconheceram os sinais do tempo e decidiram produzir canetas simplicissimus. Depois de um curto período de tempo, Wilhelm Dziambor, Christian Lausen e posteriormente Claus Johannes Voss assumiram o negócio e estabeleceram as bases da empresa que viria a se tornar um sucesso internacional, Montblanc.

Montblanc 149 Fountain Pen Nib
A produção da pena de ouro é feita em 35 etapas, utilizando metais preciosos como ouro e ródio, um processo delicado que ainda é realizado manualmente em uma unidade de fabricação na cidade de Hamburgo. Desde 1930 os artesões da Montblanc gravam o número 4810, que representa a altura em metros do Monte Montblanc.

Para esclarecer a pergunta do porque os presidentes usam tantas canetas para assinar atos executivos, a Secretária Lisa Brown da Casa Branca responde.

Uma empresa de 170 anos de Rhode Island fornece as canetas banhadas a ouro do atual Presidente Donald Trump que as presenteia como souvenirs após assinar ordens executivas.

A companhia A.T. Cross foi fundada em 1846 em Providence, Rhode Island, e inicialmente produzia estojos de ouro e prata para lápis, refletindo a história da família Cross como joalheiros. A companhia foi fundada por Richard Cross que a passou para seu filho Alonzo T. Cross. A companhia desenvolveu diversos instrumentos de escrita inovadores, incluindo as modernas lapiseiras, e as mais antigas canetas de pena.

A Cross tem sido o fornecedor oficial de canetas para a Casa Branca desde os anos 1970. As canetas utilizadas para assinar atos legislativos e executivos são tradicionalmente doadas como presentes para quem assistiu os atos da assinatura.

Enquanto o programa oficial da Cross na Casa Branca foi iniciado na administração Bill Clinton, é sabido que a tradição remonta a pelo menos a administração de Gerald Ford. Todos os presidentes desde Ronald Reagan até Donald Trump atualmente assinam atos executivos utilizando as canetas Cross.

A fabricante tradicional A.T. Cross tem produzido canetas elegantes para pelo menos sete presidentes americanos, mas se objetiva permanecer fora da política.

Montblanc 149 Fountain Pen Nib

JFK, Barack Obama, Rainha Elizabeth, são ícones de líderes mundiais que mantiveram a tradição da arte de escrita com as canetas tinteiro

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Ravil Canetas – SP – O Colecionador de Canetas

Bela descrição da história de uma das mais tradicionais lojas de canetas e lapiseiras do Brasil, a uma breve demonstração de sua coleção de canetas.

Uma viagem no tempo das canetas tinteiros, que mostra que a arte de escrita não será suplantada pela era dos smartphones.

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Kenwood R5000 Receiver 60kHz – 30MHz SSB / AM Inrad Filter

TRIO Kenwood R5000 Receiver
TRIO Kenwood R5000 Receiver

Após alguns anos guardado, ao testar o rádio, observei que havia baixo ganho de áudio somente em modo AM. No modo SSB, a saída de áudio era nominal. Em ambos os modos, todas as funções de rádio frequência estavam perfeitas, o que me levou a iniciar o processo de troubleshooting do problema.

E a primeira etapa do processo de identificar a provável falha, foi estudar o manual de serviço do equipamento, que por se tratar de rádio de alta qualidade fabricado no Japão, o manual é bastante detalhado.

Em linhas gerais o manual demonstra os diagramas de bloco, as funções de todas as placas, e detalha o diagrama de cada circuito e a lista de componentes.

O manual de serviço além do diagrama eletrônico e relação de todos os componentes, suas descrições de macro função e código de cada componente ou seus valores como capacitância, indutância e resistência, apresenta uma tabela com todas as tensões de polarização DC dos componentes ativos, o que é a primeira providência efetuada para se identificar eventual problema em transistores e circuitos integrados.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Extrato da tabela de componentes da placa de IF com a descrição da função de cada um

Analisando o problema – até então restrito ao modo AM – chega-se a análise do circuito de IF (frequência intermediária), considerando então que as funções de AGC estavam íntegras, assim como a seletividade do rádio entre os circuitos de filtros passa-faixa (eliminando assim eventual defeito na placa de RF – rádio frequência – e nas outras placas de PLL, controle do display, etc).

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Parte do circuito eletrônico da placa de IF hachurando o circuito integrado defeituoso identificado e substituído que era a causa raiz do problema – IC9

Resumindo, identifiquei no diagrama do circuito da placa de IF a seção correspondente ao modo AM e todas as tensões estavam nominais, o que não identificava nenhuma falha de polarização nos componentes dessa seção.

Ao analisar o sinal de RF, observei baixo ganho na etapa de pré-amplificação do sinal já demodulado, o que levou a conclusão que na cadeia de demodulação e pré amplificação havia alguma falha, que inclusive é característica de problemas em capacitores de acoplamento de sinal.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Chassis do rádio com a placa de FI removida para substituição dos capacitores eletrolíticos

Por uma questão de segurança, optei por substituir todos os capacitores eletrolíticos da placa de IF por capacitores de qualidade fabricados por Siemens/Epcos e Phillips, considerando a idade do rádio, essa é uma boa prática, pois com o tempo e eventual aquecimento desse componente, é possível que existas vazamentos que causam o bloqueio dos sinais de RF. Normalmente os capacitores de cerâmica raramente apresentam falhas após décadas de uso, logo, a primeira providência nesses casos, é realizar a substituição dos eletrolíticos.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Placa de IF com todos os capacitores eletrolíticos originais desoldados

Após relacionar todos os capacitores e suas capacitâncias e tensões de isolamento, todos foram retirados e substituídos.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Placa do circuito de IF, responsável pelas seções de modo AM e SSB, AGC, Notch Filter e os novos capacitores prontos para serem soldados

Ao se analisar o comportamento do rádio, o problema permaneceu, o que implica que a falha é em um componente discreto, ou um transistor de RF ou de acoplamento com baixo ganho, ou um circuito integrado como um amplificador operacional com falha.

Ao substituir os transistores da seção de AM assim como o amplificador operacional de pré amplificação, o problema persistiu, levando a necessidade de se ampliar o escopo do diagrama.

E ao estudar o circuito eletrônico da placa de IF, observei a existência de um circuito integrado que realiza a função de comutação (relay) entre os modos SSB e AM.

Ao analisar o BOM CODE e o código do circuito integrado IC9, observo que se trata de um TTL convencional, que é descrito como um relay eletrônico TTL 4066 que nada mais é do que chaves analógicas.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Circuito integrado CD4066AE original com defeito, fabricado pela RCA e substituído por mesmo IC fabricado pela Texas Instruments

Por se tratar de um componente muito comum, ao substitui-lo o sinal de áudio do modo AM foi restaurado plenamente conforme os níveis padrão de fábrica.

TRIO Kenwood R5000 Receiver
Tabela de descrição dos códigos dos componentes discretos da placa de IF

E para testar o rádio nada mais significativo do que usá-lo em campo em condições reais para confirmar se todas as funções estão normais dentro dos padrões esperados.

Com uma única observação adicional de que o filtro original de FI comum aos modos SSB e AM foi substituído por filtro Inrad de 4 kHz, ao invés do original da Kenwood de 6 kHz.

A curva de operação do filtro da Inrad além de mais estreita é mais quadrada do que o filtro original, conseguindo assim melhor separação de canais adjacentes, especialmente quando a emissão desejada é mais fraca do que a transmissão no canal adjacente.


Teste em campo do rádio após a manutenção utilizando antena longwire e balun “caseiro” 9:1 na entrada de antena de 50 Ohms

E para testar o rádio nada mais significativo do que usá-lo em campo em condições reais para confirmar se todas as funções estão normais dentro dos padrões esperados.

Com uma única observação adicional de que o filtro original de FI comum aos modos SSB e AM foi substituído por filtro Inrad de 4 kHz, ao invés do original da Kenwood de 6 kHz.

A curva de operação do filtro da Inrad além de mais estreita é mais quadrada do que o filtro original, conseguindo assim melhor separação de canais adjacentes, especialmente quando a emissão desejada é mais fraca do que a transmissão no canal adjacente.

O hobby da radioescuta e radioamadorismo é uma grande oportunidade para se manter atualizado na área de eletrônica, porque todos os conceitos teóricos podem e devem ser utilizados na análise dos circuitos e nas medições de tensões de polarização e nos níveis de sinal de RF.

Para essa atividade é fundamental um multímetro de excelente qualidade e um gerador de sinal padrão, para que se possa testar cada seção dos circuitos no que concerne ao caminho dos sinais e seus respectivos ganhos, dentro do processo de identificar o problema, relacionado no manual de serviço do fabricante.

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Radio BSKA 1.512 kHz Jeddah, Arábia Saudita, captada em Maricá, Rio de Janeiro

Em tempos de ciclo solar fora do comportamento normal de seu intervalo clássico de 11 anos, a propagação das ondas de rádio tem se apresentado muito irregular.

Normalmente algumas faixas de frequência tem apresentado forte atenuação, e inclui as ondas médias, onde até canais que apresentavam estações dominantes por muitas vezes ficam silenciosas ou com ruído estático forte.

Mas durante uma seção de pesquisa de sinais em onda média, captei a Radio BSKA da Arábia Saudita, transmitindo desde a cidade de Jeddah em broadcast local. Na Arábia estava amanhecendo – período conhecido como grey line – e transmitiam as primeiras orações do dia, na religião Islâmica.

Essa emissora pertence ao Rei da Arábia Saudita, que tem uma rede de rádio em onda média com emissões locais e regionais, assim como transmissores em ondas curtas com alcance global.

O rádio utilizado é um portátil Sangean ATS909 e a antena utilizada, é uma loop de quadro de 80 centímetros, montada com fio Litz de forma experimental.

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Emissoras Latinas Captadas nas Ilhas Canárias, Lanzarote

O radioescuta e dxista Rudolf Grimm publicou na lista @radioescutas o log de emissoras brasileiras captadas nas ilhas Canárias, mais especificamente em Lanzarote, onde viveu o escritor português José Saramago, localizada no Atlântico Norte que são possessão da Espanha.

O radioescuta Manuel Méndez de Espanha, utilizou um rádio portátil e uma antena de fio e registrou as emissoras e suas respectivas identificações a partir de Lanzarote, distante 6.650 km do Rio de Janeiro, para se ter uma idéia do alcance das emissões das rádios brasileiras que emitem em Ondas Curtas e Tropicais.

Ilhas Canárias, Possessão de Espanha, Atlântico Norte
Ilhas canárias, Lanzarote

Mesmo com a presença cada vez mais forte da Internet e das emissoras comerciais em FM, ainda há muito a se ouvir no idioma de Camões e mais ainda de Cervantes.

A própria Radio Exterior de Espanha emite diariamente programação em espanhol para seus cidadãos espalhados pelo mundo, em particular para os embarcados em sua marinha mercante, que recentemente se manifestaram pela continuidade das emissões da REE, pois em alto mar o rádio é muitas das vezes a única forma de se obter notícias e atualidades sobre seu próprio país e mundo.

De: Hard-Core-DX [mailto:hard-core-dx-bounces@hard-core-dx.com] Em nome de Manuel Méndez
Enviada em: domingo, 13 de novembro de 2016 08:39
Para: DX Listenig Digest
Assunto: [HCDX] Brazilian stations heard in Playa Blanca, Lanzarote

Manuel Méndez
Lugo, Spain
Logs in Playa Blanca, Lanzarote, Canary Islands Tecsun PL-880, cable antenna, 6 meters

BRAZIL

4775, Radio Congonhas, Congonhas, 0720-0735, 07-11, Portuguese, religious comments, “Bom dia”, songs. 24322. Also 2110-2112, 09-11, “A Voz do Brasil”. 14321. (Méndez)

4845, Radio Cultura Ondas Tropicais, Manaus, 2110-2118, 06-11, Portuguese, comments. 14221. (Méndez)

4865, Radio Verdes Florestas, Cruceiro do Sul, 2310-2321, 08-11, Portuguese, comments. 14321. (Méndez)

4875.1, Radiodifusora Roraima, Boavista, 2145-2156, 07-11, Portuguese, comments. 14321. Also 2131-2136, 09-11, “A Voz do Brasil”. 14321. (Méndez)

4885, Radio Clube do Pará, Belém, 2111-2114, 09-11, Portuguese, comments, not relay “A Voz do Brasl”. 24322. Also 0710-0730, 11-11, Brazilian songs and comments, id. “Radio Clube do Pará”, “Bom día, bom día”, “4 y 14”. 34433. (Méndez)

4905, Nova Radio Relogio, Rio de Janeiro (presumed), 0640-0653, 07-11, Portuguese, religious comments. 14321. (Méndez)

4915, Radio Daqui, Goiania, 2125-2138, 06-11, Portuguese, religious comments, “Jesus… Deus…”. 24322.
Also 2112-2116, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

4985, Radio Brasil Central, Goiania, 2112-2116, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

5035, Radio Aparecida, Aparecida, 2113-2117, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

5938.85, Voz Missionaria, Camboriú, 2114-2118, 09-11, “A Voz do Brasil”. 34433. (Méndez)

5965, Radio Transmundial, Santa María, 0705-0722, 06-11, Portuguese, religious comments, identification: “Transmundial”. 24322.
Also 0703-0720, 11-11, Portuguese, religious comments and songs, identification: “Transmundial”. 24322. (Méndez)

6010, Radio Inconfidencia, Belo Horizonte, 0710-0735, 07-11, Portuguese, comments, “Bom dia, bom dia”. 13321.
Also 2115-2120, 09-11, “A Voz do Brasl”. 12321.
Also 0703-0740, 11-11, Brazilan songs, Portuguese, comments: “5 y 4”, “Bom dia, Bom dia”. 14321. (Méndez)

6040.2, Radio RB2, Curitiba, 2116-2119, 09-11, “A Voz do Brasil”. 14321. (Méndez)

6059.9, Super Radio Deus e Amor, Curitiba, 0705-0718, 06-11, Portuguese, religious comments. // 6120. 14321. (Méndez)

6090.05, Radio Bandeirantes, Sao Paulo, 0731-0746, 07-11, Portuguese, comments. // 11925. 14321. (Méndez)

6160, Radio Boa Vontade, Porto Alegre, 0640-0655, 06-11, Portuguese, religious comments. 14321. (Méndez)

6180, Radio Nacional da Amazonia, Brasilia, 0630-0645, 07-11, Portuguese,comments, Brazilian songs. 34433. (Méndez)

9515, Radio Marumby, Curitiba, 2135-2143, 06-11, Portuguese, religious comments, “Gloria a Deus…” 14321.
Also, 2112-2120, 09-11, “A Voz do Brasl”. 14321. (Méndez)

9630, Radio Aparecida, Aparecida, 2119-2123, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

9665, Voz Missionaria, Camboriú, 2120-2125, 09-11, “A Voz do Brasil”. 34433. (Méndez)

9724.9, Radio RB2, Curitiba, 2121-2116, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

11735, Radio Transmundial, Santa María, *0854-0920, 11-11, initiating transmission at this time all days, program “Bom Dia RTM”, with religious comments and songs, other songs and news, “A Traves da Biblia”, identification “Esta e a Transmundial, Transmundial, para todo o mundo…”, “Bon Dia RTM”. 34433. (Méndez)

11764.65, Super Radio Deus e Amor, Curitiba, 2123-2134, 09-11, “A Voz do Brasil”. 34433. (Méndez)

11780, Radio Nacional da Amazonia, Brasilia, 2124-2135, 09-11, “A Voz do Brasil”. 34433. (Méndez)

11815, Radio Brasil Central, Goiania, 0852-0915, 07-11, Portuguese, comments, identification: “Radio Brasil Central”, at 0900 news program “O Mundo em Sua Casa”. 34433.
Also 2125-2129, 09-11, “A Voz do Brasil”. 22322. (Méndez)

11855, Radio Aparecida, Aparecida, 2125-2131, 09-11, “A Voz do Brasil”. 24322. (Méndez)

11925.17, Radio Bandeirantes, Sao Paulo, 2126-2140, 09-11, soccer comments. Not relay “A Voz do Brasil”. 34433.
Also 0647-0710, 11-11, identification: “Esta e a Radio Bandeirantes transmitindo en onda media, 840 kHz, ondas curtas, 6060 kHz, banda de 49 metros, 9645 kHz, banda de 31 metros e 11925 kHz, banda de 25 metros”, comments. // 6060. 34433. (Méndez)

15190.1, Radio Inconfidencia, Belo Horizonte, 0940-0950, 07-11, Portuguese, comments. Very weak signal and with distortion, probably transmission failure for weeks. 13221.
Also 2129-2133, 09-11, “A Voz do Brasil”. Very weak. 14321. (Méndez)

Demais Países da América Latina (Emissões em Espanhol e Quechua)

ANTARCTICA
15476, LRA 36, Radio Nacional Arcángel San Gabriel, Base Esperanza, 1959-2015, 10-11, male and female comments, Spanish, songs. Very weak. 14321. Also 2047-2100*, 11-11, Spanish, comments and songs. Very weak. 14321. (Méndez)

BOLIVIA
3310, Radio Mosoj Chaski, Cotapachi, 2318-2125, 07-11, Quechua, comments. 14321.
Also heard 2315-2336, 08-11, Quechua, comments. 14321.
Also 2335-2347, 09-11, Quechua comments, Bolivian songs, flute. 14321.
Also 2332-2347, 11-11, Quechua, comments. 24322. (Méndez)

5952.45, Radio Pio XII, Siglo XX, 2335-2346, 11-11, Spanish, comments. Best on LSB due to strong interference on 5950. 12321. (Méndez)

6134.8, Radio Santa Cruz, Santa Cruz de la Sierra, 2120-2136, 07-11, Spanish comments, best on LSB. 13321.
Also heard 2328-2350, 10-11, soccer, live match Venezuela vs Bolivia, comments, Spanish. 13321.
Also 2337-2355, 11-11, Spanish, “Radio Santa Cruz saluda a sus oyentes, acompáñenos en Radio Santa Cruz”, “Por Radio Santa Cruz”, “El desarrollo regional comunitario…”. 13321. (Méndez)

COLOMBIA
5910, Alcaraván Radio, Puerto Lleras, 0703-0720, 06-11, Latin American songs, religious comments, identification: “Alcaraván Radio”. 14321.
Also 0705-0733, 09-11, “LLaneras”, Mexican and other Latin American songs, identification: “Alcaraván Radio”. 24322. (Méndez)

PERU
4774.9, 2315-2330, 07-11, Spanish, comments. 14321.
Also 2327-2346, 09-11, Spanish, sport comments, identification: “Radio Tarma”, commercial advertisements. 14321.
Also heard 2316-2339, 10-11, Spanish, program “Antena Deportiva, soccer comments, live, match between Peru and Paraguay, commercial advertisements: “Caja Huancayo”. 24322.
Also 2327-2340, 11-11, Spanish, comments, commercial advertisements. 14321. (Méndez)

4747.5, Radio Huanta 2000, Huanta, 2119-2128, 08-11, Spanish, comments. 14321.
Also 2325-2337, 11-11, Spanish, comments. 14321. (Méndez)

4824.4, La Voz de la Selva, Iquitos, 2329-2345, 11-11, Spanish, comments. Very weak, best on LSB. 14321. (Méndez)

4955, Radio Cultural Amauta, Huanta, 2317-2331, 08-11, Spanish, comments. Very weak. 14221.
Also 2331-2346, 11-11, Spanish, comments. Very weak. 14321. (Méndez)

5980, Radio Chaski, Urubamba, 2328-2345, 10-11, Spanish, comments. Very weak, barely audible. 13221. (Méndez)

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